domingo, 28 de setembro de 2008

Quem disse que camisa não ganha jogo?

Chuva forte, campo encharcado, gol do adversário com falha do goleiro (falhas cada vez mais freqüentes). Roteiro de tragédia para qualquer um. A necessidade do resultado faz o time sair pro ataque e o segundo gol dos adversários é questão de tempo e de um contra-ataque bem encaixado. Já vimos esse roteiro inúmeras vezes.
Ontem parecia que tudo isso iria se repetir. A arco-íris (junção de todos os secadores) já festejava, quando aconteceu o que pediam 40 mil no maraca e mais de 50 milhões espalhados pelo mundo: “ Vamos virar, MENGO!!!”.
Virada espetacular em cima do Sport. Destaque para Vandinho, com um gol e uma assistência? Não. O destaque de ontem foi pra mística do Manto Sagrado. Quem ganhou foi a camisa. Empurrada pela massa a camisa do Flamengo fez o que os jogadores não conseguiram. Quando falta habilidade tem que ser na raça, pelo menos isso não faltou.
Qualquer um que estivesse ali faria os gols. O Manto se encarregou de fazê-los.
O texto do tricolete Nelson Rodrigues é bem melhor que o meu:
" Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já têm acontecido várias vezes o seguinte:Quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem tanto, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável." (Nelson Rodrigues)
Parece que chegou o dia. Que a vitória de ontem seja a primeira da arrancada rumo ao Hexa. Eu acredito!!!
Saudações Rubro-Negras!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Entre os dias 27 e 29 de agosto, participei da VI Conferência dos Advogados do Distrito Federal. Tudo muito bonitinho e bem organizado. Palestrantes de nível reconhecido, ministros, juízes, advogados de sucesso. E como é tudo muito chato. Depois desse tempo que passou e analisando tudo friamente, parece que não pertenço ao mundo das letras. Como já disse, pessoas de renome, falando para grande platéia, uns bem atentos anotando cada palavra, outros nem tanto.
Cabe aqui uma pequena mudança de rumo. Nem em um evento solene como este os horários são respeitados. Nenhuma das palestras começou na hora marcada e em todas elas o fluxo de pessoas era intenso, isto é, palestrantes e ouvintes sempre estavam atrasados. O palestrante Luis Roberto Barroso deu uma boa justificativa: “Partimos exatamente no horário, o destino é que atrasou alguns segundos”. Pela justificativa, esse foi perdoado.
Não posso esquecer o corpo do cerimonial, foi o que de mais atraente apareceu pelo Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Imagine você, pelo menos dez mulheres lindas, com saias acima do joelho e meias pretas. Sacanagem. Como prestar atenção em uma palestra com essas meninas circulando pelo salão. Isso sem falar da platéia, belas meninas de várias idades.
Muito curioso prestar atenção ao público presente. Não sei o que acontece com a galera do Direito, mas o fato é que todos se acham (como a moçada de hoje diz). Agora, pensem comigo, caros leitores, se um estudante já tem dois reis na barriga e acha que sabe de tudo imagine o que deve pensar um Ministro, um grande doutrinador, ou um advogado de sucesso. Todos se expressam bem e defendem suas idéias com veemência e alguma clareza. Clareza para os seus. Sem falar nos trajes.
É evidente que cada grupo profissional tem suas especificidades. Em palestras de operadores de direito para advogados e estudantes é lógico que essas peculiaridades irão aparecer. O que incomoda é o exagero e a soberba que apresentam essas pessoas. A linguagem utilizada e a forma como se portam os operadores do direito os afastam das pessoas mais simples, que são as mais necessitadas dos remédios jurídicos disponibilizados pelo Estado. Aquele que não pode se socorrer sem ajuda.
Dois temas abordados na conferência chamaram minha atenção. Primeiro, a inviolabilidade do escritório profissional do advogado. A aprovação de lei que decreta a inviolabilidade dos escritórios de advocacia foi muito comemorada pelos palestrantes. Argumentos contrários e a favor são vários. Porém, essa discussão não é o objetivo desse polst. Segundo, a necessidade e a urgência do melhoramento das defensorias públicas do nosso país. Melhorar a estrutura e a qualidade dos profissionais que atuam nesse seguimento do direito. A parcela mais carente da população continua sem ter acesso ao poder judiciário com a qualidade prevista na lei, pois as defensorias ainda não apresentam a qualidade que deveriam ter. É comum o senso de que só o pobre sofre as penalidades que a lei brasileira impõe. Senso esse que é comprovado pela realidade. Quem tem bons advogados e grana pode recorrer a todos os meios possíveis para se manter solto, ou se estiver preso pode até saborear uma lagosta com camarão na prisão. A verdade é que os bons profissionais não têm interesse em fazer os concursos para a defensoria. O cargo não conta com o prestígio e nem com a remuneração de postos equivalentes.
Essas são algumas de minhas aflições, coisas que me incomodam nesse mundo do direito. Parece que muitas dessas coisas fazem essa engrenagem girar. Não tenho mais a pretensão de mudar o mundo. Já a tive dos 17 aos 21 anos e vi que isso não passa de uma mera ilusão. A grande questão que se apresenta agora é como trabalhar nesse ramo que escolhi (não tenho mais tempo pra perder e “só quero saber do que pode dar certo”) sem ter que passar por cima das coisas que acredito e que formaram toda minha forma de pensar e agir. Vou ter que pensar mais sobre isso...

P.S. : A palavra humildade foi citada na conferência, apenas uma vez.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Curioso.


Você já viu uma nota de 3? Eu nunca tinha visto, mas não é que existe.
abraços e beijos

sábado, 20 de setembro de 2008

Acabando com a série de polsts olímpicos, não posso deixar de comentar as paraolimpíadas. O Brasil encerrou os Jogos Paraolímpicos de Pequim com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, entre os 10 melhores do quadro de medalhas e superando o desempenho de Atenas-2004. Se os atletas olímpicos não têm o apoio ideal, o que dizer dos paraolímpicos. Mesmo sem essa força, os atletas detonaram, deram show. Temos um Phelps, o nadador Daniel Dias, um Bolt, o velocista Lucas Prado, e vários outros heróis.
Numa dessas madrugadas em que o sono não aparece, “Tudo me da sono a não ser a madrugada” *, fiquei assistindo a uma partida de bocha paraolímpica. Dirceu Pinto e Eliseu Santos ganharam de uma dupla checa na semifinal da disputa em duplas. Perfeito o jogo dos caras, cada jogada estudada e executada com precisão absoluta. Foi a disputa que eu mais gostei.
Parabéns a todos esses atletas, que fazem muito por esse país e quase nada recebem em troca.




Aproveitando que o assunto é esporte, sábado passado um jogo chamou a atenção dos amantes do futebol. Pela Bundesliga, jogavam Schalke 04 e Borussia Dortmund. Schalke vencia por 3 a zero, fora o baile, e jogava fora de casa. Na metade do segundo tempo o Borussia achou um gol em um escanteio e aí o jogo virou. O time da casa foi pra cima do adversário e fez um golaço, diminuindo a gigantesca vantagem. A essa altura da peleja, a equipe visitante estava com dois homens a menos, expulsos pelo senhor juiz. E parecia que o jogo ficaria por isso mesmo, mas o juizão arrumou um penalt para o time da casa. O atacante bateu e guardou.
Impressionante como só o futebol tem dessas coisas. É realmente uma caixinha de surpresas. Em qualquer outro esporte a virada não aconteceria. Mas futebol é assim, só termina quando acaba. O Grêmio que se cuide....

* Frase retirada do Blog do Amigo Mateus - Contraforça.

PS1: Gostaria de agradecer aos grandes amigos que aparecem por aqui desde sempre. Gui, professor Carlão, dedeu, lotinha, Paulo Negão, Mateus. Um bjão pra lilinha que sempre olha também.

PS2: Lu, beijo pra vc, to esperando o meu perdão. ehhehehehehe

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Desabafo!

Esses dias atrás quebraram o vidro de um carro aqui de casa com o objetivo de furtar algum objeto do interior do veículo. O alarme disparou e o bandido se mandou.
Hoje um fiscal do DETRAN multou minha caranga. O carro não atrapalhava o movimento (ao contrário do que o agente colocou no auto de infração).
Engraçado como o Estado não é capaz de cumprir suas funções, funções essas que são financiadas pelos tributos que todos pagamos.
Quando nós precisamos da força do Estado, temos que sentar e chorar.
O carro parado ao lado do meu, que impedia o uso da mangueira de combate a incêndios, não foi multado...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Festa em São Tião!!!

Nesse último final de semana, estive no Sul das Gerais, para participar da tradicional festa da casa de saúde de São Sebastião do Rio Verde. Em meados de março, a ponte que fazia a ligação da cidade com o mundo caiu. O acesso ao município ficou bem difícil depois do ocorrido. São uns 20 km a mais, sendo que quase a metade é de estrada de terra.
O fato da ponte não existir mais atrapalhou bem a festa. Muitas pessoas não apareceram pela dificuldade de entrar na cidade. Outra coisa que atrapalhou foi o feriado de 7 de setembro cair num domingo. A galera de fora da cidade não foi em peso porque faltou o feriadinho.
Mas a festa teve bacana, mesmo com todas as dificuldades citadas acima. Na verdade, o que faz a festa ficar boa são as pessoas. São Tião só tem gente boa, parceiro. Sempre rola de encontrar um velho amigo (velho não né, LU. Amigos de longa data eheheheh), colocar a prosa em dia, encontrar aquele primo que não aparecia há algum tempo, escutar algumas histórias dos tempos de juventude de um tio, tomar uma gelada no bar do Nex´s. Deu pra ver também que eu to ficando velho...
A festa começou na quarta e foi até o domingo. Teve roda de viola, dupla sertaneja, discoteca, forró e o torneio leiteiro. A discoteca de sexta foi engraçadíssima. Como essa garotada ta bebendo. Todos novinhos e com tanta disposição para a cachaçada. O destaque da pinga de São Tião desde 2006 é o Grande Tomaz. Depois que o rapaz começou a beber a disputa acabou. Só da o cara. E agora ele diz que é pegador, que está arrasando corações. Alguém imaginaria??? Com certeza é o cara que mais anima, não acaba a pilha.
Legal acompanhar o povo cantando o Hino Nacional no domingo, dia da independência do Brasil. Que o nosso país deixe de ser o país do futuro.
Na discoteca de sexta-feira, vendo a galerinha fazendo a festa, eu me senti um velhote. Não tenho mais o pique de 3 dias seguidos na farra. E esses jovens não têm limites. Parece que o mundo vai acabar amanhã. Que bom que eles são assim. Vendo isso tudo, percebi que tava na hora de pensar menos e pegar mais uma cerva no bar.

PS.: Grasi, beijão pra vc. Muito legal te conhecer...