sábado, 25 de setembro de 2010

BURRO!!!!

FORA SILAS!!!
Chega de técnico muquirana no mengão...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Diálogo de Amigos...

Não se assustem pela quantidade de palavrões e aparente clima tenso, o diálogo abaixo aconteceu em clima ameno, com brincadeiras e sem estresse. Está comedidamente romanceado, aconteceu em uma mesa de bar mais ou menos assim:
E aí, massa?
Beleça.
Conta aí como que foi de viagem?
Ir pra lá é sempre maneiro. Foi de boa.
Pegou alguém?
Peguei nada. Tava querendo tomar umas e bater papo só. Ainda mais não to zerado não.
“Tu já foi” mais homem hehehehehe.
Heheheheh, pois é.
Ficou só na bebelança então. Explica aí aquelas mensagens. Falou com o caso antigo.
Falei sim. Foi bom que resolvi de vez. Sepultei esse fantasma.
Quero só ver. Quando for lá de novo vai ficar correndo atrás dela.
Ta de sacanagem, né? Isso aí ta resolvido faz tempo já. Só queria saber de fato o que ela tava pensando.
Descobriu?
Zin.
Massa. Agora você se livra de vez. Demorou...Que mais que rolou lá?
Passei um perrengue lá.
Que foi?
Achei que ia encontrar com a ex numa festa.
Sério? Conta aí.
Começou a chegar um monte de gente da cidade dela numa festa que eu tava. Imagina se ela vai.E com um cubano ainda a tira colo. Ia ser Fod*.
Você é muito banana mesmo...
Sifudê, porra. Não ta curioso, escuta a porra da história antes de ficar falando merda.
Ahhahahahha. Apelão hahahahahahaha
Heheheheheh. To falando sério.
Qual o problema de encontrar com ela?
Problema nenhum, só não queria. Dá licença?
Ta certo. Teve notícias dela?
Muito pouca. Parece que ela já ta melhor. Uma tia dela veio conversar comigo, perguntar como que eu tava.
Que você falou?
Que tava bem. O que você achou que eu ia falar? Que ia morrer?Cada pergunta que você faz...
Ficou sabendo se ela ta com outro cara? Se emendou logo com outro?
Fiquei não. Não perguntei e ninguém me falou.
Eles podem não ter falado nada pra te proteger.
Me proteger do que, caral**?
Sei lá, porra. De ficar sabendo que o lateral avançou demais hehehehehehe
Hahahahahah. Você é um viado mesmo heheheehhe. Agora também isso não importa mais não.Não faz mais diferença
Vamo tomar mais uma?
Vamo sim. Pede aí que eu vou dar uma mijada.
Vai lá. Sem rebolar. Ahahahahahah
Seu Viado, só não olhar hahahhaahahha

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Era um fim de semana como outro qualquer do ano de 2001. A semana que tinha sido bem diferente. Para mim e pro mundo. Estávamos eu e Mateus em uma festa na UNB. Passamos em quase todas as barracas da festa para saber o que cada uma tinha de bom e para ajudar os CAS a arrecadar uma graninha também. Nossa pouca idade permitia experiências variadas com o álcool e uma ressaca moderada no dia seguinte, o que nos encorajava ainda mais.
Uma dessas barracas me despertou a atenção. Adesivos espalhados pelo interior faziam alusão ao ataque terrorista de 11 de setembro ao World Trade Center. Esse tinha sido o assunto da semana inteira. Lembro-me que naquele dia, uma terça-feira, meu pai me acordou (fazia estágio à tarde e provavelmente estava matando aula, ou a UNB tava de greve, não me lembro bem) dizendo: “Acorda aí e liga sua TV. Você não faz História, aproveita que ela está acontecendo agora.” Obedeci e vi tudo que estava acontecendo. Estarrecido. Seria impossível imaginar o que estava ocorreu ali. Um ataque daqueles na maior potência do mundo. Não sabia de que forma, mas tinha certeza que o mundo ia mudar depois daquilo. Não precisava nem ser esperto pra pensar isso.
Feita essa digressão e voltando a tal barraca, os adesivos me fizeram parar. Virou pro Mateus e falei: “Olha aquela merda ali.” Ele só mandou um putz. Fomos pra barraca. Depois de conversar algumas amenidades com um rapaz que vendia as bebidas eu não agüentei e disse: “Amigo, você vai me desculpar, mas esses adesivos que estão aí dentro são de extremo mau gosto.” Esqueci de contar como eram os adesivos. Uma paródia do clássico “I Love NY”. Com uma pequena explosão no lugar do coração. O sujeito ficou revoltado e iniciou um discurso contra a classe média brasileira, falou um monte e finalizou com um “eles e vocês merecem isso mesmo”. Só faltou usar o discurso batido dos partidos brasileiros de esquerda, por trabalho e terra vote xx. Vi que aquela conversa não iria pra frente, mas que os outros integrantes da barraca correram para arrancar os adesivos. Missão cumprida. Paguei a bebida, lamentei a posição daquele cidadão e fui embora. Eu e o Mateus tentamos argumentar, mas não tinha jeito.
Alguns dias depois, conversando com mais gente da universidade, percebi que muitos pensavam como o sujeito da barraca. Eles merecem isso e ponto final. Fico imaginando o que os países da América do Sul que o Brasil tenta dominar pensam que nós merecemos. Fiquei assustado com a quantidade de gente esclarecida que eu escutei dizendo que aquilo era aceitável.
Não consegui ainda avaliar o impacto desse ataque para a história da humanidade. Historicamente pouco tempo se passou. Mas pelo menos duas guerras já aconteceram também por causa daquele dia. O tempo vai se encarregar de dizer o que tudo isso gerou. Que o mundo mudou não há dúvida. Minha cabeça de 20 anos conseguiu ver. E a sua, o que viu?