terça-feira, 20 de abril de 2010

Parece Sacanagem...

Nasci em 1981 e naquela época os pais só sabiam o sexo do bebê quando o mesmo nascia. Minha mãe queria uma menina e tinha escolhido até o nome, seria Paula. Não pensou nada para o caso de nascer um menino. Quando eu nasci surgiu a dúvida, qual nome colocar na criança. Minha avó Marieta veio para Brasília para ajudar minha mãe com o primeiro filho. Foi dela a idéia de dar o nome do pai ao filho, e assim foi feito. Paulo de Tarso...
Nasci em Brasília e morei em vários lugares. Quando morava em Rosário do Oeste, cidade perto de Cuiabá, tinha uns seis anos. Não me lembro de muita coisa da minha infância, mas esse dia ficou bem gravado na memória. Eu e meu pai saímos de carro para Cuiabá. Meu pai conferiu tudo, calibrou pneu, viu como estava de gasolina e saímos.
Quase na metade do caminho descobrimos que o medidor da gasolina estava estragado. O combustível acabou. A saída era uma carona até um posto de combustível, raridade na região. As pessoas ainda davam carona nessa época. Esses tempos eram menos violentos, ainda era usual dar carona e sair vivo para poder contar o feito. Não demorou muito e tínhamos conseguido a carona.
Conversa vai, conversa vem, futebol, profissão, quase de tudo foi conversado no carro. Quase no fim do nosso trajeto, meu pai perguntou o nome daquela boa alma que havia salvado nossas vidas. E não é que o homem responde: “Paulo de Tarso”...

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