
O que vai rolar agora só o futuro vai revelar, mas só podemos dizer: Obrigado, Galinho! Estaremos com você. SEMPRE!!!
Como diz o título, esse blog foi criado para que eu possa compartilhar idéias sobre diversos temas, esporte, cinema e qualquer coisa que possa gerar uma boa conversa.



Um amigo vidente de Brasília, quando ficou sabendo que ia pro estádio, sentenciou: “Ta indo pro Maracanã? Tenho certeza que você vai chorar.” Acertou em cheio. Não tive nem a coragem de tentar segurar. Seria inútil mesmo. Só de lembrar tudo aqui escrevendo da vontade de chorar de novo. Eu sou meio chorão mesmo, mas geralmente é choro de alegria. Todo aquele clima, aquela chuva. Antes mesmo de começar o jogo já estava de alma lavada. A cabeça tinha esquecido, sem esforço algum, de todos os problemas, os novos e os antigos.
Encontramos o Gustavo, irmão do Rogério e pessoa da melhor qualité, e fomos para o meio da galera. Primeiro tempo atrás do gol defendido por Bruno. Lotado. Sem espaço para respirar e duas gatinhas do lado, a torcida do Flamengo é da melhor em todos os sentidos. heheehehe.
Nessa altura do campeonato aquela emoção de conhecer o Maior do Mundo tinha passado. Agora era a emoção do jogo. A emoção da bola rolando, se bem que no primeiro tempo a bola quase não rolou. Aquela bendita chuva tinha encharcado o campo. O único acontecimento relevante do primeiro tempo foi a expulsão do Michael. Com um a menos a torcida se calou. Por uns dez segundos... A maior do mundo sabia que tinha que jogar junto, que a hora era de ajudar e não se calou. O tempo passou e nada da rede balançar.
Cabe aqui destacar a forma como o traíra foi hostilizado. Toda a sorte de palavrões, músicas e vaias para ele. E ainda foi pouco. Ele merece muito mais.
A chuva parou. Começou o segundo tempo e o campo melhorou. Com o campo bom o time que estava com um a menos se mostrou melhor. Criou mais chances agudas de gol e teve um pênalti, bem marcado, a seu favor.
Imperador pegou a bola. Muitos se lembraram do pênalti contra o botafogo. Adriano mudou o canto em que costuma bater e guardou. Foi endeusado aos gritos de “o imperador voltou”. Não comemorou e nem deu bola pra torcida. Muitos torcedores nem viram a bola entrar, ajoelhados com o rosto coberto só faziam rezar. Eu não podia perder nenhum lance. A bola entrou e foi uma explosão só: abraços, pulos, apitos, palavrões e o famoso AHHHHHH, PORRA! que o Bloco R da 402 sul conhece bem. E choro também.
A torcida cantou tanto ate o fim do jogo que o mundo inteiro deve ter escutado.
A festa da torcida foi das coisas mais lindas que eu já vi. Mais algumas chances, um sufoco num cruzamento do infiel e o jogo chegou ao fim. Outra explosão na arquibancada. Por jogar quase que o jogo todo com um a menos, o resultado foi bom.
A volta foi bem mais tranqüila, no carro do Gu escutando o balanço geral da rádio Globo/CBN.
Chegamos ao apartamento do Rogério, um ranguinho, um banho e cama. Agora sou pé-quente de maracá, parceiro.ahhahahahah. Alma lavada e precisava, viu. Foi um grande reencontro com meu time e comigo mesmo.
De banho tomado e já raciocinando, não me permiti e nem consegui pensar nas merdas da vida. Fase ruim, indiferença, coração mole e o caaralh*. Só conseguia pensar na alegria de toda essa experiência. Só pra variar, adormeci chorando...de alegria.


