sábado, 23 de agosto de 2008





É galera, a maior festa do esporte está acabando. Como o desempenho de nossos atletas não foi dos melhores, já começaram as tentativas de explicar mais um fracasso do Brasil olímpico. Vou avisando a você, querido leitor, que esse texto será um pouco maior do que os outros. Peço e já agradeço a sua paciência.
A moda agora é o tal do poder mental que parece faltar aos brasileiros. Concordo em parte. Atletas como Giba, Emanuel, Diego do futebol, a galera da vela, sempre mostraram um psicológico forte. A verdade é que esse fator é apenas mais um, que somado a outros infinitos gera o fracasso.
A maioria dos atletas brasileiros não tem apoio algum, a galera do atletismo, da canoagem, do futebol feminino e de outras modalidades faz milagre. É pouca grana, condições precárias de treino, fica difícil encarar as grandes estrelas dessa maneira. As meninas do futebol vacilaram, cansaram no final e perderam o ouro que podiam ter vencido, mas considerando a forma que o futebol feminino é tratado no Brasil, elas fazem milagre. A goleira titular do time não tem emprego.
Alguns esportes não podem reclamar de grana, comparando com o que é oferecido aqui no Brasil. Matéria do jornal Correio Braziliense afirma que de 2006 até o corrente ano o judô do Brasil levou mais de dez milhões de reais. Não é pouca grana, mas quanto será que o judô japonês recebeu no mesmo período?Mesmo assim, os caras vacilaram, tiramdo o bronze da menina, todos deviam ter lutado de amarelo. Ednanci não pode apanhar de mulherzinha.
Em alguns casos, parece claro que realmente faltou um maior preparo psicológico para os atletas. Vejamos o caso do Diego Hypólito. Errou na parte mais fácil da sua série, falou que isso nunca havia ocorrido antes e que não sabia o que aconteceu. Se estava bem treinado e nunca errou naquele ponto da série, fica claro e evidente que o rapaz sentiu a pressão. Eu sei que é muita coisa, o peso de um país inteiro que rendo a medalha, mas o cara aceitou isso. Em resumo, sentiu a pressão, AMARELOU! Caso semelhante aconteceu com as meninas da ginástica. A gatíssima Jade Barbosa tem que trabalhar isso melhor, a parte psicológica. Pra aliviar, vamos lembrar que a mina tem 16 aninhos, é normal perder o controle nessa idade. Não podemos esquecer também, que a ginástica é um dos esportes mais abastecidos com a grana do COB. Melhores resultados devem ser cobrados.
O vôlei tem uma bela estrutura em Saquarema e fez um bom papel até aqui. A galera da quadra já garantiu a prata e o pessoal da areia fez o que deu. Tem grana e corresponde. Eles são mais fortes mentalmente que os outros?
O futebol masculino decepcionou. Já falei sobre isso antes, mas não dá pra ganhar com um ex-atleta na ponta esquerda dando passe pro lado. Agora é só esperar o novo técnico da seleção canarinho (opiniões nos comentários). Já disse que gosto do Dunga, não é justo culpá-lo por tudo, mas um atacante só é fheoda. A argentina está melhor e ganhou. Tomara que fiquem com a prata.
Impressionante mesmo é o jamaicano Usain Bolt, primeiro atleta a ganhar os 100 e 200 m rasos batendo o recorde mundial nas duas provas. Ele e o Phelps são os destaques da festa. Se for pra escolher, prefiro a ousadia e irreverência do jamaicano
.




Mais uma vez amarelamos em várias provas e mostramos que ainda só podemos ser o Bronsil. Que esse desempenho acorde os responsáveis. E que fique na lembrança o desempenho sensacional do Cielo e da Maurren Maggi. Um centímetro mágico deu mais um ouro pro Brasil. Pura emoção.
Com esses bons exemplos e com as medidas certas podemos transformar o Brasil em uma potência olímpica. Mas sempre fica a impressão de que isso nunca vai acontecer....





Um comentário:

Anônimo disse...

É profesor, gostaria só de lembrar uma pipocada, amarelada clássica brasileira nesses jogos: Jadel Gregório!!! Pelos segundos jogos consecutivos ele chega a uma Olimpáda como segundo melhor do mundo, com várias medalhas em Grand Prix e chega na hora, o que acontece? Bem, acredito sim que deveria existir um trabalho psicológico maior, além de estrutura. Mas, como vc disse, em alguns esportes já há essa estrutura. E como disse ontem no Momento Olímpico do Sportv o grande Marcelo "Didi Mocó" Barreto, falta no brasil "garimpar" as crianças que têm potêncial para serem possíveis atletas. O Brasil não aproveita os poucos ídolos que aparecem. O exemplo maior é o do Guga. Passou o fenômeno, e cadê os "novos gugas"?? Complicado viu!!!!